segunda-feira, 23 de julho de 2007

ENERGIA GERADA POR GÁS EMITIDO EM REPRESAS

A emissão de gases estufa pelos reservatórios de hidrelétricas na Amazônia pode deixar de ser um problema para se tornar solução para a questão de energia no Nordeste do Brasil. Dois grupos de pesquisa - um no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e outro no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) - já elaboraram maneiras de capturar o gás metano (CH4), liberado pela água que passa nas turbinas, e queimá-lo para gerar mais energia.

A idéia dos pesquisadores é impedir que o metano concentrado no fundo dos lagos chegue até as turbinas e seja liberado na atmosfera no momento em que a água perde pressão, da mesma maneira que uma garrafa de refrigerante ou de champanhe borbulha logo depois de aberta.

Os dois métodos elaborados para a captura e queima de metano já estão patenteados. Segundo os cientistas, dependendo da usina, devem ampliar e mais de 50% a capacidade de produção das hidrelétricas amazônicas, localizadas em zona tropical úmida. Para duas delas - Balbina, no norte do Amazonas, e Tucuruí, no leste do Pará - há estimativas de quanto a estratégia poderé render.

Segundo o professor Alexandre Kemenes, responsável pelo projeto no Inpa, em Balbina, se esse mecanismo de captura e queima de metano fosse usado, poderia aumentar o potencial da usina, em cerca de 60ºC, acrescentando, aproximadamente, 80 megawatts.

Para o grupo do Inpe, a taxa de aproveitamento na usina de Tucurí será menor, pois ela solta menos metano por megawatt gerado. O total das emissões lá, porém, se equipara em escala, já que a represa paraense é bem maior. Pesquisadores estimam que a produção de energia poderia ser aumentada em cerca de 35%, so queimando o metano que ela emite através das turbinas e nos reservatórios.

Ainda não está claro quanto pode ser o potencial da técnica para usinas das demais regiões. Hidrelétricas em áreas de cerrado, por exemplo, tendem a emitir menos metano, mas, para as duas centrais mencionadas e para outras três da Amazônia - Samuel, em Rondônia; Curuá-Una, no leste do Pará e Petit Saut, na Guiana Francesa - o caso deve ser diferente.

"Se todo o metano que passa pelas turbinas dessas cinco hidrelétricas fosse aproveitado, haveria um aumento de 1.640 megawatts no potencial hidrelétrico instalado", diz Kemenes. As represas amazônicas tendem a produzir mais metano, em geral, porque a massa de plantas afogadas que apodrecem e soltam carbono ao se decompor é muito maior que a de outros biomas.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

APRESENTAÇÃO

A REDE AMIGOS DO JOÃO CONGO é uma Organização Civil de Interesse Público (OSCIP), constituída multidiciplinarmente por profissionais das ciências humanas, agrárias, biológicas, tais como: Agronomia, Biologia, Artes, Assistência Social, Agro-negócio, Pedagogia, Geografia, Jornalismo etc., que tem por finalidade estudar, discutir, propor e desenvolver ações e projetos que visem à melhoria das condições físico-sociais em áreas que apresentam problemas ambientais em decorrência de ações humanas.

Essa organização surgiu de observações, análises e discussões acerca dos impactos sócio/ambientais gerados a partir da implantação, construção e alteração no meio natural. Situações que levam a expropriação, reelocações humanas de áreas urbanas e rurais, diretamente atingidas por áreas modificadas, seja por formação de reservatórios hidrelétricos, empreendimentos agroindustriais e/ou intervenções urbanas.

Diante de diversos estudos inerentes à implementação de grandes empreendimentos, passamos a compreender que as famílias atingidas, encontram-se diante de novos desafios que exigem das mesmas, um processo de reaprendizagem em suas relações como o meio. Os ribeirinhos, por exemplo, que diante da formação de lagos tornam-se compulsoriamente sitiantes, com alternativa de renda voltada para o cultivo e comércio de hortaliças, para conseguir sobreviver, precisam passar por um processo de reeducação ambiental. Assim como as famílias rurais que passam a ter suas moradias às margens de lagos, demandam um processo de reeducação para agirem no sentido de contribuir com a melhoria do ambiente, ajudando inclusive preservar as condições de sobrevivência da avifauna, que ao serem submetidos a novos ambientes se tornam presas fáceis ao predamento.
Essa questões constituem as bases de preocupações iniciais e norteiam um conjunto de reflexões que resultaram na formação da REDE AMIGOS DO JOÃO CONGO, que é uma organização voltada para as questões de Assistência Social, Educação Ambiental, Preservação do Meio Ambiente e da Promoção do Desenvolvimento Sustentável.

Arnaldo Zago
Presidente



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